domingo, 12 de abril de 2009

E já é Domingo de Páscoa!

Este post, é dedicado ao Simples Peregrino.
Obrigado por tudo aquilo que nos deu.

Publicado, no último nº do Jornal.

Na minha infância a Páscoa, sempre foi à semelhança do Natal, a reunião de família. Com as devidas diferenças, relativamente ao que celebramos.Em Manteigas, de onde os meus Pais são naturais, a celebração da Páscoa era feita de porta em porta. Com os miúdos a “seguirem” o Padre, e a entrar nas casas vizinhas para ouvirmos e vermos a bênção e beijar a cruz. Além de comermos os doces característicos da época, em todas as casas que entrávamos.A Páscoa para mim era isto, a reunião de família em Manteigas. O fato novo, comprado propositadamente para o efeito, ou costurado pela minha mãe (costureira). Os sapatos também eram a estrear. As guloseimas comidas, sem reprimenda dos Pais, porque estávamos em festa. Além dos poucos escudos que nos davam por essa altura.

Mas a Páscoa é muito mais do que isto. É a vitória da vida sobre a morte. Com a ressurreição de Cristo. É a festa mais importante para os Cristãos.Para os Judeus a Páscoa representa a fuga do Egipto para a terra prometida. 

Pedi “emprestada”, esta pequena história do blog de um amigo, quem o conhece saberá de quem falo: 

Alguém contava que um mestre entrara numa cidade acompanhado por um discípulo para ensinar. Encontrou logo uma pessoa que o conhecia e era adepto dos seus ensinamentos que lhe disse:  
- "Mestre, não há nada excepto estupidez nesta cidade. Os habitantes são tão terríveis! Ninguém quer aprender nada. Tu não irás converter nenhum desses corações de pedra." 
O mestre respondeu bondosamente: 
- "Tu tens razão." 
Logo depois, outro membro da comunidade abordou o mestre. Cheio de alegria, ele disse:  
- "Mestre, tu estás numa cidade abençoada. O povo anseia receber o verdadeiro ensinamento, e as pessoas abrem seus corações à tua palavra." 
O Mestre sorriu bondosamente e novamente disse: 
- "Tu tens razão." 
- "Ó mestre", disse o discípulo, "tu disseste ao primeiro homem que ele tinha razão, e ao segundo homem, que afirmou o contrário, tu disseste que ele também tinha razão. Pois negro não pode ser branco." 
O Mestre respondeu:  
- "Cada um vê o mundo do jeito que espera que seja. Por que deveria eu refutar os dois homens? Um deles vê o mal, o outro, o bem. Tu dirias que um deles vê falsamente? Não são as pessoas aqui e em toda parte boas e más ao mesmo tempo? Nenhum dos dois disse algo equivocado, disseram apenas algo incompleto." 

 

E nós como vemos o mundo?

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